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CORPO-ÚTERO
“Expressando a minha arte despidamente, acabei obsessivamente me recriando, reinventando o meu universo autobiográfico.
Cada traço, clique ou pincelada, deixava um resquício da minha identidade.
O objeto de estudo: MEU CORPO.
O corpo que incorporo.
Um objeto corporal.
Um corpo celeste, um corpo físico, um corpo astral.
Constituído por cada corpúsculo, por cada corpulência.
O corpo que corporifico, tão tangível e corporeificado.
Sincronicamente um corpo-etéreo e incorpóreo.
Meu corpo-lúteo intrauterino.
Minha arte é um retorno ao útero.”
Frances Amaral
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